Instituto Anna Neves

Falar sobre o que é Coaching, tornou – se um desafio e um tanto quanto delicado. A forma que esta palavra vem sendo empregada, com tamanha liberalidade, faz com que a abordagem tenha muita falta de clareza sobre o que é esta metodologia e o que faz um profissional Coach.

Observo por diversas vezes o uso desta palavra em abordagens que nada tem a ver com a metodologia. Fato este tem sido o principal para que muitos tenham um pré-conceito sobre a profissão e dificuldades para fazer a contratação deste serviço e também para buscar uma formação adequada para ingressar como profissional Coach.

A grande verdade é que este fato afeta e muito a credibilidade desta profissão e ameaça os que se dedicam de forma séria e responsável as práticas do Coaching, com isso vem neste balaio a banalização e inúmeras informações desta abordagem de forma equivocada. Isso distorce e desinforma a potência do processo de Coaching a sua capacidade de transformação desta metodologia e a ética e princípios desta profissão.

Somente quem experimentou esta experiência pode entender, que o processo não é só fazer perguntas, fazer relatórios e seguir um passo a passo , como uma formula mágica que ouço por ai de maneira extremamente comercial.

A complexidade de acessar um ser humano e a responsabilidade deste profissional, não permite que acreditamos neste mercado a base de formulas.

Se existe alguma, eu mesmo quero experimenta-la, pois, a minha experiência diz que cada ser humano é um sistema complexo, onde é preciso uma grande flexibilidade para adaptar –se e sobreviver é proporcional a complexidade do sistema. Pensando neste princípio, podemos dizer que nem toda ação gera o mesmo resultado em um sistema complexo, ou seja, se com uma determinada ação, não gero o resultado desejado, é preciso uma grande capacidade e habilidade para observar e adaptar um novo comportamento e obter o resultado desejado.

Já diria Albert Einsten: “ A maior loucura de um ser humano é querer resultados diferentes fazendo as mesmas coisas. ”

Isso já traz a nós a responsabilidade e a complexidade que envolve cada processo.

Por vezes recebo de algumas pessoas, uma pergunta muito comum nas redes sociais: “Agora todo mundo é coach”?

É claro que NÃO!

Pense você, que pergunta mais sem sentido. Todo mundo, do mundo todo é Coach? A generalização que é uma característica dos seres humanos, deixa as informações ainda mais grosseiras.

Não me entendam mal, mas esta frase é o mesmo que dizer: “Todo mundo agora é empresário. ” E se for, qual o problema? Se você tem uma aspiração de se tornar um empresário, não vai fazer porque você “acredita” que todo mundo agora é empresário?

Nós temos 3 certezas na vida: A primeira é que vamos morrer, e não vou entrar nesta questão. A segunda é que vamos pagar impostos, seja aqui, ou em outro país, e a terceira é que vamos mudar. Ter consciência desta certeza nos prepara ainda mais para sermos os próximos clientes em um processo de Coaching ou aspirar esta profissão.

Pois mudar muitas vezes dói, e não seria bom se você tivesse mais clareza de como fazer estas mudanças sem tantas frustações? Claro que sim!! Espero pelo menos que você diga isso!

Mas afinal o que é Coaching?

Nos anos 1970, o norte-americano Ti­mothy (Tim) Gallwey, considerado o precursor e fundador do conceito de Coaching, deu a seguinte definição: “Coaching é uma relação de parce­ria que revela, liberta o potencial das pessoas de forma a maximizar o desempenho delas. É ajudá-las a aprender ao invés de ensinar algo a elas…” (Timothy Gallwey).

– Para Peter Drucker (1978) “Co­aching é tornar produtivas as forças das pessoas”.

Nós entendemos que o Coaching é um processo de parceria entre Coach (Profissional) e o Coachee (Cliente) com foco no alcance de metas pessoais e/ou profissionais no qual o cliente tem apoio profissional embasado em uma metodologia cientificamente comprovada e aprovada que desperta o potencial das pessoas para uma descoberta e crescimento pessoal gerando uma grande transformação de comportamentos.

Segundo alguns estudiosos no assunto o processo de Coaching apoia-se em pressupostos básicos de caráter eminentemente humanístico dentre os quais destacamos:

– As pessoas sabem mais do imaginam;

– As pessoas possuem recursos que nem sempre são adequa­damente utilizados;

– Metas desafiantes e viáveis es­timulam as pessoas a darem o melhor de si;

– As pessoas têm capacidade de mudar se assim o desejarem;

– Pessoas comuns são capazes de fazer coisas extraordinárias.

O processo de Coaching atua diretamente nesta conexão entre Coach(profissional) e Coachee(cliente), para que ele reflita novas percepções, gerando novas ideias e pensamento , gerando assim novos comportamentos para que atinga seus objetivos e desperte TODO SEU potencial interno.

O Coaching Pessoal tem a capacidade de dar clareza ao cliente no que diz respeito ao autoconhecimento e conhecimento do outro.

No livro A arte da Guerra traduzido pelo Padre Amiot em 1772 ,  Sun tzu o personagem principal do livro  disse uma frase que ilustra a importância do autoconhecimento:

 “Se você conhece o inimigo e conhece a si mesmo, não precisa temer o resultado de cem batalhas. Se você se conhece, mas não conhece o inimigo, para cada vitória ganha sofrerá também uma derrota. Se você não conhece nem o inimigo nem a si mesmo, perderá todas as batalhas.” 

― Sun Tzu

O processo de Coaching tem sido utilizado em várias áreas, uma das mais conhecidas são: Executivo, carreira, negócios, financeiro, esportivo, relacionamentos e etc..

O mais difundido porém é na área empresarial, onde muitos executivos e empreendedores, empresários buscam o Coaching para alavancar suas carreiras, atingir de forma rápida e consistente seus objetivos e atender demandas geradas pelas rápidas transformações sócio econômicas que impacta­ram o mundo empresarial e que alteraram fundamentalmente o papel dos líderes num ce­nário em mutação.

O modelo de liderança tradicional já não geram um impacto muito positivo nos resultados a longo prazo, outro grande aspecto considerável é o ingresso das novas gerações de profissionais que trazem consigo valores, expec­tativas e uma visão de mundo incompatíveis com as estrutu­ras antigas e a cultura das organizações, o que afeta dire­tamente questões relacionadas com lealdade, rotatividade, re­tenção de talentos, qualidade de produtos e serviços entre outras características como a busca pela qualidade de vida profissional  e a busca por algo que tenha mais propósito e sentido.

Todos estes fatores fazem com que as práticas de Coaching e o mercado para esta metodologia aumente cada vez mais e gere uma grande transformação no mercado de trabalho de forma geral.

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O Coaching emergiu com esta missão, que foca a aprendizagem e não o ensino, o desenvolvimento do potencial dos que ocupam posi­ções que carregam consigo res­ponsabilidades que envolvem o capital humano, sem o qual nenhuma organização poderá sobreviver.

Entretanto é muito importante lembrar que o Coaching não está banalizado e não opera milagres, mas propicia a oportunidade das pessoas reconhecerem e otimizarem o uso de seu imen­so potencial e de seus recursos, que todos nós temos e que perma­necem adormecidos na maioria das pessoas, à espera de alguém que os descubra e os desperte.

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